sábado, 30 de junho de 2012


Pilates é um método de alongamento e exercícios físicos preventivos e terapeuticos desenvolvido por Joseph Hubertus Pilates na década de 1920,  que leva o controle de grupos musculares em cada movimento, buscando uma integração do corpo através das cadeias musculares e, se utilizam do peso do próprio corpo em sua execução.



 Os princípios originais do método Pilates enfatizam muito o controle da mente sobre o corpo, bem como a suavidade, precisão e harmonia com que os movimentos devem ser realizados. São seis princípios: respiração, centro, concentração, controle, precisão e fluidez.
  1.  Concentração


  •  Os exercícios devem ser executados com ateção e pensar em qual músculos está realizando o movimento ajuda o Sistema Nervoso Central (SNC) a comandar a ação com eficiência.
  • Este princípio irá trazer ao praticante uma consciência corporal , reconhecendo qual será a musculatura envolvida no exercício.
       2.  Controle


  • Cada exercícios executados deve ser controlados pela mente para evitar lesões e movimentos indesejados.
        3.  Centralização (mais importante)
    
  • powerhouse ou "casa de força"
  • Centro do corpo humano = Concentração dos exercícios no centro do corpo.
  • Ativar a "casa de força" permeti a estabilização do tronco em qualquer movimento e é composto pelos músculos abdominais, paravertebrais, glúteos, assoalho pélvico e diafragma.
  • O fortalecimento desta musculatura proporciona a estabilização do tronco para uma boa postura, além de contribuir para a prevenção de dores e possíveis lesões.
  • A prender a coordenar respiração, movimento e contração da casa de força.
 
                                                    CASA DE FORÇA

     Casa de força parede anterior                                           Casa de força parede posterior                               
                                                   

       Casa de força assoalho pélvico                                                     Teto da casa de força
                                                   
        4.  Respiração
  • Pilates enfatizava a importância da respiração adequada para manter a oxigenação e a pureza do sangue.
  • Como regra geral, o paciente ou cliente deve inspirar quando se prepara para fazer o movimento e expirar ao executá-lo, a expiração deve ser forçada e a inspiração, o mais natural possível.
  • Esse mecanismo utiliza a musculatura profunda do abdômen (oblíquos e transverso do abdômen), além do assoalho pélvico e eretores profundos da coluna (principalmente os multífidos). A ativação desta musculatura promove uma melhor estabilização da região lombo-pélvica durante o exercício

      
     
         5.  PRECISÃO:
  • É necessário que a coordenação de cada movimento seja perfeita, conforme planejado;
  • Desta forma, a precisão está diretamente ligada ao princípio da concentração.
  • Diz respeito ao refinamento do controle e equilíbrio dos diferentes músculos envolvidos num movimento, sem gasto desnecessário de energia a partir de contrações inadequadas, sejam elas exageradas ou deficientes.


      6.  MOVIMENTOS FLUÍDOS:
  • Joseph Pilates resumia o método como "um movimento fluído, a partir do centro para fora."
  • Os movimentos devem ser contínuos e ritmacos, com o praticante em posição alinhada, para evitar as compensações causadoras de lesões.
  • "Fluidez" pode-se explicar como "não dar impulso com o corpo" na realização dos exercícios.
  • A fluidez e leveza dos movimentos permitem a utilização apenas da energia necessária para o movimento, sem desperdício.
 

BENEFÍCIOS DO MÉTODO:

 - Fortalecimento global, associa o máximo possível de grupos musculares em cada movimento, buscando uma integração do corpo através das cadeias musculares.
 - Alonga, fortalece, e consequentemente equilibra a musculatura que envolve a coluna vertebral, alinhando e descomprimindo tensões nela. De modo que acaba ajudando a aliviar pinçamentos e compressões de discos.
 -  Promove o realinhamento postural o aumento da flexibilidade e da resistência, promove alívio da dores e tensões musculares, gera equilíbrio físico e mental, alivia o estresse, proporciona ao praticante uma compreensão do seu corpo, bem estar e qualidade de vida, deixando o corpo em total harmonia.

 INDICAÇÕES:
 Em prevenções ( indivíduos sadios, gestantes e idosos )
 Em patologias ( ortopédicas, reumatológicas e neurológicas )

Precauções a serem tomadas antes do início do tratamento:

"O método pilates não tem contra indicações absolutas, mas são necessários alguns cuidados antes de se iniciar o tratamento"
  • O paciente deve ter consultado o médico para verificar possíveis restrições ou até mesmo indicações.
  • O fisioterapeutica deverá avaliar cuidadosamente o paciente, desde uma anamnese completa até ao exame físico e testes especiais de acordo com as alterações encontradas.
  • Adeguar os exercícios ao nível de condicionamento do paciente e aos objetivos desejados.
Joseph Pilates "Em 10 sessões se sentirá melhor, em 20, sentirá mais ainda, e em 30 terá um corpo completamente diferente".

Os métodos Pilates são aplicados, através de exercícios realizados em aparelhos (método tradicional), solo (mat pilates) ou com bola.

              Joseph Hubertus Pilates criador do método, é Alemão nascido em  Dusseldorf em 1880, quando Criança era frágil e raquítico; sofria de asma, bronquite e febre reumática.
  •  1894 - 14 anos, Buscou na atividade física sua “cura”. Estudou yoga, zen budismo, regimes grego e romano.
  •  Foi excelente praticante de ginasticas, mergulhos, esqui e musculação. 
  • Adolescência Joseph Pilates ajudava desde pequeno um médico em suas consultas e lia muito sobre medicina e civilizações antigas. Obcecado com a idéia “corpo são, mente sã”, já adolescente tornou-se um versátil esportista: ginasta, esquiador, mergulhador e artista de circo.
  • 1912 - 32 anos, tornou-se boxeador profissional e começou a lecionar autodefesa para detetives da S.Yard.
  • 1914 - 34 anos, I Guerra Mundial:
    Foi mandado para a Inglaterra como enfermeiro.

  • 1918 - 38 anos, treinava os internos com os exercícios que aprendeu e criou. 1918 - epidemia de gripe mata milhares . Método dePilates ganha fama.
  • 1920 - 40 anos, em 1920 já tinha um método estruturado. Iniciou uma fundação voltada para este método e desenvolveu equipamentos específicos.
  • 1926 - 46 anos, imigra para os EUA. Na viagem de navio conhece Clara, sua futura esposa. Trouxeram a idéia para New York, abrindo o 1º Pilates Studio, no qual Pilates ensinou e formou instrutores no intitulado Método Pilates de Condicionamento Físico, também conhecido como Arte do Controle ou “Contrologia”.
  • Até a década de 60 - 80 anos, Joseph - famoso, com saúde e conta bancária invejáveis.
  • Fiel expoente de seu próprio sistema, estava seguro de que seus conhecimentos estavam 50 anos à frente de seu tempo.
  • 1967 - 87 anos, morre Joseph Pilates, num incêndio acidental em seu Studio, em Nova Iorque.
  • 1997 Quem herdou seus ensinamentos foi sua ex-aluna Romana Kryzanowska.
  •  O método foi trazido ao Brasil pela chilena Inelia Garcia, em 1997, que foi treinada por Romana, em Nova Iorque.
  • Em 2010 estimava-se que existiam cerca de 2 mil Stúdios de Pilates no Brasil. Os exercícios tidos como excêntricos, criados por Joseph Pilates, são cada vez mais procurados no mundo todo.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Amor e Carinho no cuidado com Idosos

Ofereço meus serviços como Cuidadora de idoso.

Estou cursando o 6º período de Fisioterapia na faculdade anhanguera educacional na data de 29/06/12.

Já cursei a disciplina de Fisioterapia preventiva no Idoso, no momento curso a disciplina de Fisioterapia Geriátrica.

Possuo carteira de motorista e dirijo há 7 anos.

Eu acredito que estou apta a cuidar do idoso colaborando com a qualidade de vida do mesmo.

Celular: (12)97378677    Telefone (12) 34244063

quarta-feira, 30 de junho de 2010

RPG

A Reeducação Postural Global é um dos mais modernos métodos de fisioterapia que trata de desarmonias do corpo.

Indicado não somente para quem sente dores, mas para quem busca o equilíbrio.

O que é RPG?
A Reeducação Postural Global, ou RPG, é um método de fisioterapia que trata das desarmonias do corpo humano levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente, já que cada organismo reage de maneira diferente às agressões sofridas. É uma técnica revolucionária que considera os sistemas muscular, sensitivo e esquelético como um todo e procura tratar, de forma individualizada, os músculos que se diferenciam na estrutura. Criada na França, em 1980, pelo fisioterapeuta francês Philippe E. Souchard, a RPG é uma técnica realizada, exclusivamente, por fisioterapeutas.

A Técnica

Dores nas costas, nas articulações, noites mal dormidas, tensões musculares, etc. Quem nunca passou por pelo menos uma dessas desagradáveis experiências?

A terapia RPG trata esses e muitos outros problemas com bons resultados, por meio da reeducação do corpo. Exemplo: quando sofremos uma contusão, a primeira reação é fazer com que o corpo tente proteger a lesão para não sentirmos dor. Por isso criamos automaticamente um mecanismo de "compensação" para evitar o problema inicial. É o que acontece quando torcemos o tornozelo.

Para não termos dores, enrijecemos a musculatura e transferimos para a outra perna o apoio corporal e mancamos. Com isso, criamos uma série de compensações em todo o corpo.
O tratamento

Para se obter um resultado positivo com RPG são necessárias sessões semanais de uma hora, podendo haver exceções nos casos de maior gravidade. O tratamento é indicado para todas as faixas etárias.


 


Em quais Patologias a RPG é indicada?

- Ortopédico: pés planos e cavos, joelho valgo ou varo, joanetes, escoliose, dor cervical, dor dorsal, etc.

- Neurológico: hérnia de disco e labirintite.

- Reumatológico: artrites, artrose, bursite, tendinite, etc.

- Respiratório: asma, bronquite, etc.

- Somáticos: stress, disturbios circulatórios e digestivos, etc.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Hidroterapia

Hidroterapia ou Fisioterapia Aquática é uma atividade terapêutica que consiste em utilizar os recursos de uma piscina preparada especificamente para este fim com medidas, profundidade, temperatura, ambiente externo e um profissional especializado na atividade, um fisioterapeuta.


O fisioterapeuta é o profissional que está devidamente autorizada por lei a utilizar os princípios físicos da água com o intuito de reabilitação física em pacientes com distúrbios diversos.

Utilizar piscinas de água quente com finalidade de reabilitação vem de muito tempo atrás na história. Acredita-se que os Egípcios usaram os banhos com finalidade terapêutica na história ao redor de 2000 AC. O banho mineral ou spa existe a muito tempo em Merano, Itália. Onde existem as evidências do uso organizado das fontes desde 5000 anos atrás.

Antigos gregos chamavam este tipo de atividade de hidroterapia e têm sido extensivamente usada para tratar diversos tipos de pessoas com distúrbios físicos.

A hidroterapia pode ser ser reconhecida como, fisioterapia aquática, hidrocinesioterapia, piscina terapêutica, aquaterapia, terapia física aquática entre outras denominações.

A hidroterapia foi desenvolvendo-se até a atualidade e hoje apresenta um nível técnico de desenvolvimento comparado a grandes técnicas de cura e reabilitação. Hoje a hidroterapia é voltada quase exclusivamente a piscina terapêutica sendo o sinônimo da modalidade.



A cada dia o reconhecimento da Hidroterapia é maior por parte da classe médica e a conduta de prescrever sessões com intuito de reabilitação cresce paralelamente ao reconhecimento dos pacientes que, realatam um reestabelecimento de sua condição física de forma mais acelerada, em alguns casos.

A forma mais comum de hidroterapia é o atendiemtno individual objetivando que, os princípios físicos da água, juntamente com movimentos específicos, alcancem um alto índice de sucesso no tratamento.



Nesta forma de terapia, a água ajuda os pacientes a realizarem seus exercícios mais facilmente do que em terra. Isso ocorre porque, o peso do paciente fica reduzido quando submerso em água. Pessoas com problemas como dores nas articulações são capazes de melhor executar os exercícios na água por causa da redução do peso, eles podem mover seus membros sem dor e com menor esforço. Os pacientes que estão acima do peso, aqueles que sofrem de dor crônica e aquelas com problemas ortopédicos irão beneficiar-se com a reabilitação aquática.



A resistência natural da água auxilia no exercício promovendo uma reabilitação prazerosa e sem dor. Quando os exercícios são realizados na água, as pessoas com fraturas fortalecem rapidamente sua musculatura, enquanto que pacientes com artrite movem seus membros com mais facilidade. Também não há necessidade de se preocupar com a pressão sobre as áreas afetadas. Os exercícios, quando realizado sob a água não apenas ajudam no tratamento mas também ajudam os pacientes a recuperar muito mais rápido.



Os fisioterapeutas que optam pela reabilitação na água conhecem os imensos benefícios que esta conduta proporciona. Eles usam diferentes exercícios juntamente com equipamentos diversos no tratamento. O equipamento utilizado assemelha-se aos flutuadores que são vistos em piscinas normalmente com algumas adaptações.



Para ajudar os pacientes a equilibrar-se, a massa de água é utilizada enquanto que para o fortalecimento da musculatura

resistência da água. Para aqueles com problemas nos pé esta é uma excelente forma de terapia, pois permite caminhar com facilidade. Os pesos também podem ser usados como ajuda na manutenção do equilíbrio.



Pacientes se beneficiam enormemente com a reabilitação na água. As pessoas com artrite se beneficiam consideravelmente tendo uma recuperação mais rápida. É aconselhável que um médico seja consultado antes de iniciar.

Um dos fatores determinantes para o crescimento e elevação do nível técnico, foi a redução dos custos de construção de piscinas e a busca pelos fisioterapeutas de eficiência e eficácia no atendimento de seus pacientes.



No caso de atletas após uma lesão, doença ou cirurgia, o atleta sofre um aumento da sensibilidade à dor e perder um pouco da capacidade de suportar o peso sobre a área afetada. A água reduz a força da gravidade, o que permite movimento e atividade funcional mais confortável. Reabilitação aquática auxilia porque a água suporta o corpo, reduzindo o esforço conjunto e proporcionando resistência e assistência aos movimentos.

Os atletas podem melhorar a função e mobilidade em um ritmo rápido durante o processo de cicatrização. Alguns outros benefícios da terapia aquática incluem melhoria da força muscular e função cardiovascular, redução do stress, diminuição do edema, aumento da circulação e uma maior amplitude de movimento. Maior flexibilidade, equilíbrio e coordenação também são resultados comuns desse tipo de terapia no caso de atletas.



A Fisioterapia Aquática pode ser usada em casos:

- Ortopédica;

- Neurológica;

- Reumatológica;

- Pediátrica;

- Respiratória;

- Psicológica.



Benefícios:

- Diminuição da dor

- Promove o relaxamento muscular;

- Diminui espasmos musculares;

- Aumenta o limiar de excitação nervosa, diminuindo a dor;

- Facilita o movimento articular melhorando a ADM;

- Aumenta a circulação periférica;

- Redução de edema;

- Fortalecimento muscular;

- Melhora a musculatura respiratória;

- Reduz a atuação da forca gravitacional;

- Melhora a autoconfiança do paciente {efeito psicológico};

- Melhora dos distúrbios do sono;

- Melhora a ansiedade e o stress;

- Permite realizar a cinésio precocemente em pos-cirúrgicos;

- Permite realizar a cinésio em comprometimentos musculares com graduação de força;

- Diminuição da descarga de peso;

- Estabilização de articulações;

- Propicia e ortostatismo e marcha;

- Estimula equilíbrio e coordenação;

- Previne contraturas musculares e deformidades;

- Favorece o aumento das amplitudes de movimento direta e indiretamente;

- Promove relaxamento muscular / diminuição do tônus;

- Diminui edemas e favorece o retorno venoso;

- Auxilia a ação de músculos fracos;

- Aumenta a força muscular;

- Propicia trabalho respiratório, aumentando a expansibilidade, favorece a expiração e aumenta a capacidade vital;

- Estimula os movimentos;

- Restabelece e estimula as reações de endireitamento;

- Reeduca os padrões centralizados dos movimentos, que são rotacionais;

- Reeduca os padrões recíprocos de movimento;

- Trabalha padrões funcionais de movimento;

- Aumenta o condicionamento cardiovascular;

- Auxilia na higiene brônquica;

- Diminui as forças compressivas intra-articulares;

- Melhora auto-estima;

- Melhora as Atividades de vida diária;

- Propicia oportunidade de recreação e socialização.



Contra-indicações

- Estados febris;

- Infecções em geral;

- Dificuldade ou insuficiência respiratória aguda;

- Alterações da pressão arterial não controlada;

- Cardiopatia severa;

- Grandes feridas abertas ou úlceras;

- Incontinência fecal e ou urinária imprevisível.



Vestuário

Maiô ou sunga que possibilitem movimentos amplos, roupão para entrada e saída, chinelos anti-derrapante, touca de pano ou silicone. Evitar uso de accesórios como relógio, pulseira, anel, brincos e colares.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

ENDOMETRIOSE








Conheça depoimentos de sucesso (envolventes e emocionantes)



O que é endometriose?

Para entender o que é endometriose necessita-se primeiro saber o que é endométrio.

Endométrio é o tecido normal que reveste o útero internamente. Cresce e descama todo mês. Inicia seu crescimento logo após a menstruação e se descama na próxima. A cada ciclo menstrual esta rotina se repete. É sobre ele que os bebês se implantam. Se a mulher engravidar ele permanece durante a gestação, caso contrário será eliminado no sangue menstrual.



Esse revestimento, muitas vezes, e por razões não totalmente esclarecidas, pode se implantar em outros órgãos: nos ovários, tubas, intestinos, bexiga, peritônio e, até mesmo, no próprio útero, dentro do músculo. Quando isso acontece, dá-se o nome de Endometriose (se estiver inserido na musculatura do útero tem o nome de Adenomiose), ou seja, endométrio fora do seu local habitual.



O número cada vez maior de casos diagnosticados e a seriedade dos sintomas da doença vêm preocupando autoridades de países desenvolvidos e em desenvolvimento. Estima-se que 10 a 14% das mulheres, em sua fase reprodutiva (19 a 44 anos) e 25 a 50% das mulheres inférteis estejam acometidas por esta doença. Acredita-se que, no Brasil, existam de 3,5 à 5 milhões de mulheres com endometriose(100). Estes dados são suficientes para que se perceba a dimensão e importância deste diagnóstico.



Em 1921, Dr. Sampson do Hospital John Hopkins, nos Estados Unidos, demonstrou a sua teoria para explicar a endometriose baseada no refluxo sangüíneo menstrual que, ao invés de sair totalmente do útero junto com a menstruação, faria o caminho inverso, voltando para as trompas em direção ao abdômen. Com base nesta hipótese, muitos médicos tratavam a endometriose com a retirada do útero e dos ovários pois, desta maneira, não existiriam os hormônios nem o endométrio menstrual responsáveis pela doença. Com o passar dos anos descobriu-se que, muitas das pacientes que se submetiam a essas intervenções radicais, continuavam com os mesmos sintomas dolorosos. Nos últimos anos foram feitas algumas observações que colocam esta teoria em questão.



Estas observações incentivaram a busca para novos conceitos que têm levado a um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz.





Tipos e Classificação

A endometriose é uma doença enigmática e tem merecido classificações que procuram identificar a localização das lesões, o grau de comprometimento dos órgãos e a severidade da doença. Embora grande parte das clínicas utilize a classificação da American Fertility Society que divide a doença em mínima, leve, moderada e severa, recentes avanços na pesquisa da doença recomendam uma nova classificação em três diferentes tipos(1).

Todos os três têm o nome de endometriose, mas são consideradas doenças diferentes, pois não possuem a mesma origem e por isto recebem tratamentos diferenciados. Esta divisão tem facilitado o tratamento e a cura, e mostra a importância do médico especialista em conhecer cada um dos detalhes que envolvem a doença, conseguindo-se assim separar o "joio do trigo"(2).



Endometriose superficial ou peritoneal

São lesões espalhadas na superfície do interior do abdômen. Podem estar disseminadas atingindo até mesmo o diafragma. Embora sejam superficiais, muitas vezes estão localizadas sobre órgãos nobres como no intestino, bexiga e ureter e, por isto os cuidados cirúrgicos devem ser bem observados para que se evitem complicações. Os sintomas mais comuns são: cólica, menstruação irregular e infertilidade. O exame clínico não apresenta alterações importantes, o ultra-som não demonstra imagens características e os marcadores que podem sugerir a presença da doença, dosados no sangue (CA125 e SAA) podem ou não estar alterados. O diagnóstico conclusivo e o tratamento são feitos pela videolaparoscopia.



Endometriose ovariana

Um implante superficial atinge a face externa dos ovários, provoca uma retração para o interior do mesmo e forma cistos. O tamanho dos cistos é variável e causa alterações da anatomia destes órgãos. O diagnóstico é fácil, feito pelo ultra-som. O tratamento quase sempre é cirúrgico por videolaparoscopia. O rigor da técnica cirúrgica utilizada é fundamental para que se evite o prejuízo da reserva ovariana, caso contrário, junto com o tecido do cisto, poderá ser retirado também tecido ovariano com óvulos de boa qualidade podendo levar até à falência ovariana precoce. O cisto pode estar associado a endometriose de outros órgãos formando aderências. Muitas vezes a paciente não tem sintomas e o diagnóstico pode ocorrer em um exame ginecológico de rotina. A indicação cirúrgica vai depender do tamanho do cisto entre outras variáveis.



Endometriose infiltrativa profunda

É a que apresenta sintomatologia mais agressiva comprometendo o bem-estar e a qualidade de vida das pacientes. Pode interferir na fertilidade mesmo quando são usadas as técnicas de Reprodução Assistida. Os implantes são profundos alcançando uma profundidade superior a 0,5 cm e envolvem outros órgãos como os ligamentos útero-sacros (que sustentam o útero), bexiga, ureteres, septo reto-vaginal (espaço entre reto, o útero e a vagina) e intestino. Nestes últimos, formam nódulos que atingem o reto, sigmóide, órgãos genitais, vagina e algumas vezes o intestino grosso e íleo (veja figura). A origem mais provável é a metaplasia (significa a transformação de um tecido embrionário em outro diferente).



Diagnóstico

O diagnóstico da endometriose infiltrativa e profunda deve ser suspeitado inicialmente pela queixa clínica. As queixas mais comuns são: a dor profunda e desconfortável na relação sexual, cólicas importantes e, principalmente, as queixas intestinais. Entre estas últimas estão: o inchaço abdominal permanente, a dor, e a dificuldade na evacuação e algumas vezes sangramento pelo reto na época da menstruação.



O médico que examina deve perceber no exame ginecológico de toque vaginal e retal nodulações na região posterior do útero, espessamentos e principalmente dor durante o exame desta região. Caso a doença esteja localizada no intestino em uma região superior, o profissional pode não perceber, mas os exames complementares associados ao histórico clínico da paciente, ajudarão a esclarecer o diagnóstico. Da mesma forma que os outros tipos de endometriose, os exames laboratoriais de sangue chamados de "marcadores" devem ser dosados nos três primeiros dias da menstruação e, embora não garantam o diagnóstico nem a extensão da doença podem ajudar a nortear a pesquisa.



Exames de imagens são fundamentais. Entre eles o ultra-som endovaginal, que deve ser realizado por um profissional experiente. É um ótimo exame pela sua precisão e facilidade. Infelizmente existem poucos médicos com experiência para um diagnóstico preciso. Esta avaliação deve ser precedida por um preparo intestinal que esvazia ("limpa") o intestino, elimina as fezes ajudando a visibilizar as imagens. Quando este exame for insuficiente para a conclusão diagnóstica, recomenda-se a Ressonância Magnética Pélvica e a Ecocolonoscopia. Este último é um exame mais complexo que exige a sedação da paciente, mas ajuda a localizar melhor as lesões e a profundidade delas nos órgãos atingidos. A colonoscopia é mais simples e tem o objetivo de avaliar as lesões que penetram para o interior do intestino.



Tratamento Cirúrgico

O tratamento da endometriose profunda é sempre cirúrgico. Feito por videolaparoscopia, é extremamente complexo e exige médicos qualificados e experientes neste tipo de intervenção. Deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar que tenha pelo menos um ginecologista e um cirurgião geral especializados em cirurgia pélvica e com conhecimento da abrangência e envolvimento da doença com os outros órgãos. O planejamento da cirurgia deve ser feito com antecedência para que a paciente saiba das possíveis implicações, como por exemplo, a possibilidade de ressecção de uma parte do intestino (retosigmoidectomia), caso haja um comprometimento de várias camadas deste órgão, além de eventuais complicações. Tanto a paciente, como a equipe devem estar prontos para estas possibilidades. O preparo intestinal pré-operatório é obrigatório para que a intervenção possa ser feita com tranqüilidade(8).



Prevenção, Preservação e Restauração da Fertilidade

Embora a endometriose não possa ser prevenida, algumas medidas podem minimizar o futuro evolutivo da doença, como:



Diagnóstico Precoce

A hereditariedade da endometriose já é conhecida há algum tempo. Calcula-se que, nestes casos, a incidência pode estar em até 6% nos parentes de primeiro grau e por isto a doença já deve ser suspeitada quando estas mulheres tiverem sintomas, ainda que discretos (cólica, irregularidade menstrual, etc.). Nesta oportunidade, os exames necessários devem ser feitos para elucidação diagnóstica.



Quanto mais precoce for a intervenção curativa, maior a chance de evitar as possíveis complicações como a distorção anatômica causada pela doença, entre as outras já comentadas. O pouco conhecimento que a mulher tem sobre a endometriose faz com que muitas delas acreditem ser normal ter cólica menstrual intensa e não procurem um médico. Porém, mesmo quando o fazem, o diagnóstico demora a ser estabelecido. Em geral o tempo entre os sintomas iniciais até o diagnóstico pode alcançar até 10 anos ou mais(10).



Alimentação, meio ambiente e hábitos

A alimentação é importante para evitar várias doenças do corpo humano. O sistema imunológico também influencia diretamente no desenvolvimento das mesmas, podendo prejudicar principalmente as pessoas que moram em grandes cidades com alto grau de poluição atmosférica. A dioxina, por exemplo, é uma substância tóxica proveniente da combustão de produtos orgânicos e está presente no ar que respiramos e em alguns alimentos que ingerimos. Trabalhos científicos demonstram sua possível interferência no desenvolvimento da endometriose(6,7). Estes fatores em conjunto podem piorar a evolução da doença e por isto, uma dieta balanceada e um estilo de vida adequado ajudam a prevenir o surgimento ou o agravamento deste problema de saúde. A endometriose é uma doença da mulher moderna por estar relacionada com ansiedade, estresse e depressão, proveniente de uma exaustiva jornada de trabalho dentro e fora de casa.



Um hábito intestinal normal e regular é imprescindível. A paciente que não evacua regularmente, tem retenção de material fecal e aumento de toxinas e muitas delas deprimem o sistema imunológico. Alimentos ricos em cereais e fibras ajudam a melhorar o ritmo intestinal. A base da alimentação deve ser a dieta macrobiótica, sem laticínios, trigo e produtos animais. Embora as carnes contenham proteínas que podem ser um importante combustível imunológico, algumas delas contêm hormônios femininos, como o estradiol, o que pode estimular ainda mais o desenvolvimento da endometriose.



A dieta deve ser balanceada dando-se preferência por vegetais sem agrotóxicos, pois estes prejudicam a imunidade. Os exercícios físicos devem ser incentivados.

O peso em excesso deve ser evitado, pois a obesidade além de ajudar a piorar as dores pélvicas, faz com que o acúmulo de gordura aumente a produção de hormônios femininos (estrogênio), que agravam a doença.



Restauração da fertilidade - cirurgias

As cirurgias radicais para a cura da endometriose podem ser eficazes sem a retirada do útero ou ovários. As intervenções devem ser bem indicadas e podem ser realizadas com técnicas conservadoras sem prejudicar o futuro reprodutivo da mulher ou, muitas vezes, restaurando a anatomia do aparelho reprodutor quando ele estiver deformado pela doença. Pelos detalhes e pela complexidade que envolve este tipo de intervenção, o tempo de duração do procedimento cirúrgico pode ser longo, podendo se estender até seis horas dependendo da quantidade de camadas de tecidos e órgãos envolvidos(5).



Infertilidade x Endometriose

A associação da endometriose com a fertilidade tem sido alvo de discussão há muitos anos. Os debates em torno das proporções que esta doença afeta a capacidade da mulher em ter filhos têm causado, por muitas vezes, um "vai e vem" nas condutas e tratamentos médicos. Todos os tipos e graus de endometriose podem influenciar a fertilidade, entretanto, freqüentemente o diagnóstico não é tão evidente e fica como última opção na pesquisa, entre outras causas de infertilidade. Esta demora na iniciativa da pesquisa da doença, pode ser causada pela superficialidade dos sintomas, inconsistência das queixas clínicas e falta de evidências laboratoriais dos exames de sangue e ultra-som endovaginal. Somente após passar um certo período, onde foram realizados tratamentos sem sucesso, é indicada a videolaparoscopia, que conclui o diagnóstico. A espera por este esclarecimento atrasa a concepção e prolonga o sofrimento do casal(3).



A endometriose causa infertilidade pelos seguintes efeitos:

influencia o hormônio no processo de ovulação, e na a implantação do embrião.



» altera também os hormônios prolactina e as prostaglandinas que agem negativamente na fertilidade.

» prejudica a liberação do óvulo dos ovários em direção às trompas.

» interfere no transporte do óvulo pela trompa, tanto pela alteração inflamatória causada pela doença, como por aderências (as trompas "grudam" em outros órgãos e não conseguem se movimentar).

» alterações imunológicas - alterações celulares responsáveis pela imunologia do organismo (células NK, macrófagos, interleucinas, etc.).

» receptividade endometrial. O endométrio, tecido situado no interior da cavidade uterina, local onde o embrião se implanta, sofre a ação de substâncias produzidas pela endometriose (ILH e LIF - leukemia innibitory factor) que atrapalham a implantação do embrião.

» alterações no desenvolvimento da gestação. Pode interferir no desenvolvimento embrionário e aumentar a taxa de abortamento.



Observação:

O tratamento pela Reprodução Assistida (fertilização in vitro) pode evitar a ação da maioria destes mecanismos que atrapalham a fertilização e, por isto, esta pode ser uma ótima saída para a resolução do problema. Entretanto, mesmo com estas técnicas, a endometriose pode diminuir as chances de resultados positivos e ser necessário o tratamento cirúrgico por videolaparoscopia(10).



A endometriose tem cura?

Esta é uma pergunta que as pacientes fazem com freqüência, e talvez o maior motivo desta dúvida seja o número grande de mulheres que realizam tratamentos e cirurgias repetidas para este problema.



É impossível afirmar que uma intervenção cirúrgica será definitiva para acabar com a doença, mas o que temos observado é que muitas pacientes fazem tratamentos cirúrgicos insuficientes para extingui-la definitivamente. Talvez, muitas das intervenções sejam incompletas devido ao alto grau de complexidade e riscos de complicações. Por isso, alguns cirurgiões preocupados com estes riscos limitam o grau de invasão do procedimento e acabam não retirando a totalidade da doença dos órgãos afetados. As cirurgias mais modernas envolvem detalhes de conhecimento anatômico importantes e têm conseguido um alto índice de cura definitiva e a restauração da fertilidade.



Tratamento clínico com medicamentos

Podem ser indicados após o tratamento cirúrgico mas somente em casos especiais. O tratamento clínico com antiinflamatórios e pílulas anticoncepcionais antes da intervenção ajudam amenizar a dor, mas não curam a doença. O tratamento hormonal com objetivo de suspender a menstruação provocando uma menopausa temporária, após a cirurgia, tem demonstrado vantagens em casos isolados e por isto não deve ser receitado como rotina, entretanto, caso seja indicado, a duração não deve ser superior a três meses. O tratamento clínico isolado, sem cirurgia, não tem valor curativo.



Uma boa alternativa após a cirurgia, se a paciente não quiser engravidar no momento, são as pílulas de uso contínuo, os implantes hormonais de Levonorgestrel ou Etonogestrel (Mirena e Implanon) que suspendem a menstruação e restringem uma eventual evolução da doença e drogas que proíbem algumas ações hormonais.



Terapias complementares

Tem o objetivo de estimular o sistema imunológico através de suplementos alimentares como o flaxseed (semente de linhaça), óleos de prímula e de peixe além de antioxidantes poderosos como o Pycnogenol. As vitaminas C e E são também bastante eficazes.

As ervas chinesas como Cinnamon Twig (extrato de canela) e Poria Pill (Gui Zhi Fu Ling Wan), usadas historicamente na China para o tratamento de hemorragias na gestação, têm demonstrado ajudar a melhorar os sintomas da endometriose(9).

A acupuntura pode ser também uma boa alternativa.



Fisioterapia

"A fisioterapia pode atuar melhorando algumas sintomatologias, como por exemplo: as cólicas menstruais, a tensão muscular e a constante fadiga. A atividade física localizada, orientada por um Fisioterapeuta pode melhorar a mobilidade pélvica e a percepção corporal, prevenindo a instalação de contraturas musculares, inclusive nos dias de sangramento. Isso impede que a tensão secundária ao quadro se instale, levando a incapacidade. Além disso, a atividade aeróbica também é recomendada, uma vez que auxilia a produção de substâncias analgésicas e melhoram a resposta imunológica da mulher, além de refletir numa maior disposição física pela resposta cardio-respiratória do exercício aeróbico. Portanto, a Fisioterapia pode auxiliar a paciente portadora de Endometriose, promovendo atividades corporais que possibilitam melhora em suas atividades cotidianas, pessoais e profissionais, e desta forma melhorando, também, o aspecto emocional da mulher".



Acupuntura

A acupuntura é um dos setores da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), visa restabelecer a circulação de energia dos meridianos, dos órgãos e das vísceras e com isso levar a harmonia de energia e de matéria para todo o corpo.



A Endometriose na visão da MTC tem sua origem em vários fatores, como a tensão emocional que leva a estagnação do QI do fígado causando dor, frio e umidade que leva a estagnação do sangue que também leva à dor, esforço excessivo, partos próximos, doenças crônicas atividade sexual em excesso.



Alguns fatores são importantes para se definir o padrão da doença no diagnóstico: a hora da dor, sua localização, ciclo menstrual, tipo de sangramento e a influência do calor e do frio nos sintomas. Com essas informações pode ser diferenciada a característica de excesso ou deficiência da patologia.

O tratamento consiste em harmonizar o sangue, cessar o sangramento, diminuir a estagnação, acalmar e nutrir o sangue, cessar a dor, mover e harmonizar o QI dos meridianos envolvidos.



Conclusão

Cada tipo de endometriose tem identidade própria cuja origem difere uma da outra e por isto cada uma merece um tratamento cirúrgico especializado, envolvendo muitos profissionais médicos de várias especialidades. A não observância dos critérios de diagnóstico utilizando-se exames inadequados e profissionais inexperientes, poderá levar a cirurgias incompletas e a persistência da doença.


Referências

1. Donnez J., Nisolle M., Casanas-Roux F. (1992) Three-dimensional architectures of peritoneal endometriosis. Fertil. Steril., 57, 980-983.

2. Nisolle M (1996). Peritoneal, ovarian and recto-vaginal endometriosis are three distinct entities. These d'Agrgation, Universit Catholique de Louvain.

3. Donnez J, Nisolle M, Casanas-Roux F (1990). Endometriosis -

associated infertility: Evaluation of preoperative use of Danazol, Gestrinone and Buserelin. Int. J. Fertil., 35, 297301.

4. Donnez J., Nisolle M., Casanas-Roux F., Clerckx F. (1993) Endometriosis: rationale for surgery. In Brosens I. and Donnez J. (eds) Endometriosis: Research and Management. Parthenon Publishing, pp 385-395.

5. Donnez J, Nisolle M, Casanas-Roux F, Bassil S, Anaf V (1995). Recto-vaginal septum endometriosis or adenomyosis: laparoscopic management in a series of 231 patients. Hum. Reprod., 10, 630-635.

6. Koninckx PR, Braet P, Kennedy SH, Barlow DH (1994) Dioxin pollution and endometriosis in Belgium. Hum. Reprod. 9, 1001-1002.

7. Eskenazi B, Kimmel G (1995). Workshop on perinatal exposure to

dioxin-like compounds. II. Reproductive effects. Environ Health Perspet, 103, 143-145.

8. Donnez J, Nisolle M (1995). Advanced laparoscopic surgery for the removal of recto-vaginal septum endometriotic or adenomyotic

nodules. Baillire's Clinical Obstet Gynecol, 9, 769-774.

9. Lewis, Randine (2004) The infertility curl - Little, Brown and Company New York - Boston, p.218-220.

10. Ballard KD, Lowtnk, Wright JT. What's the delay? A qualitative study of women's experiences of reaching a diagnosis of endometrioses reaching a diagnosis of endometriosis. Fertil Steril 2006;86:1296-30.

11. (Maurício S. Abrão e João Antonio Dias Jr. - Endometriose e Reprodução Assistida - Educação continuada em Reprodução Humana. Boletim de SBRH.

100. Fonte - IBGE. Diretoria de Pesquisas. Departamente de População e Indicadores Sociais. Censo Demográfico 2000.

1. Ballard KD, Lowton K, Wright JT. What's the delay? A qualitative study of women's experiences of reaching a diagnosis of endometriosis. Fertil Steril 2006;86:1296-301.